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Plano de saúde deve pagar tratamento de fertilização in vitro

PLANEJAMENTO FAMILIAR


Se há indicação médica, é abusivo que planos de saúde se neguem a pagar tratamentos de inseminação artificial, mesmo que sob o argumento de que eles não estão previstos na lista da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Assim entendeu a 2ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo ao determinar que a Unimed Seguros Saúde arque com as despesas de um tratamento de fertilização in vitro.


No processo, mulher afirma que houve indicação médica para fazer fertilização in vitro. A relatora do caso, desembargadora Marcia Dalla Déa Barone, acolheu o argumento da paciente de que os direitos relativos à saúde reprodutiva são diretamente sustentados na dignidade da pessoa humana.


“Havendo cobertura para a doença não é possível negar cobertura ao procedimento necessário ao tratamento, cura e prevenção, sendo possível concluir que o equilíbrio financeiro do ajuste firmado pelas partes também estará atendido, pois a contratada conhece suas obrigações e a possibilidade de inovação e atualização de procedimentos recomendados a paciente”, afirmou a magistrada.


Além disso, segundo a desembargadora, a Lei 11.935/09 prevê que é obrigatória a cobertura do atendimento pelos planos de saúde no caso de planejamento familiar.

Para o advogado que atuou no caso, a decisão do TJ reforça o que já é previsto na lei: "o direito das pessoas recorrerem a tratamentos reconhecidos e indicados por médicos para cuidar de determinadas enfermidades, mesmo que essas terapias ainda não sejam formalmente reconhecidas pela ANS, por exemplo".

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